tag:blogger.com,1999:blog-368111612024-03-13T21:04:34.413-07:00poesia de octavio roggiero junioroctavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.comBlogger57125tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-74126784851950707512007-11-12T14:12:00.000-08:002009-01-23T13:28:21.943-08:00opção<span style="font-family:trebuchet ms;">de volta à liberdade antiga,<br />sonho azul de madrugadas incendiadas.<br />as mãos de aço apalpam o vento<br />na batalha sangrenta e repetida:<br />- há um caminho por onde seguem estrelas<br />e um desvio por onde cruzam os pássaros.<br />no leito, a nuvem branca, o céu azul.<br />de volta às origens, a fuga,<br />eco noturno de gritos insatisfeitos<br />e a certeza, sobretudo, da viagem amanhecida<br />- a sombra adormece pálidos êxtases!...</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-56465539596953541952007-11-02T07:26:00.000-07:002009-01-24T03:24:59.859-08:00do primeiro ato<span style="font-family:trebuchet ms;">Quem mais - além de mim -<br />viveu o silêncio dos mortos;<br />as palavras impregnadas de angústia e desespero,<br />atiradas à alma como paralelepípedos imensos?<br />............................................................<br />Por que estou aqui, agora,<br />se já tomei consciência de minha morte,<br />se muitas vezes eu morri sem ter sabido?...</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-68262805133084731942007-10-31T03:30:00.001-07:002009-01-23T13:34:48.887-08:00lirismo<span style="font-family:trebuchet ms;">Serei o último a dizer,<br />mas se não o for,<br />direi apenas que você foi<br />muito mais que uma lembrança:<br />- uma saudade...</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-68477929823584308282007-10-28T06:52:00.000-07:002009-01-23T13:36:00.065-08:00busca<span style="font-family:trebuchet ms;">Fujamos depressa das angústias do século,<br />Das futuras manhãs vestidas de luto,<br />Das antigas profecias manchadas de sangue,<br />Da imagem neurótica estamapada no mundo.<br /><br />Corramos em direção ao silêncio dos mudos,<br />À estranha calma dos sábios desaparecidos,<br />À poesia em nós adormecida,<br />À última noite de nossas andanças.<br /><br />Seja este o momento não vivido.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-24956404063328078302007-10-26T16:43:00.000-07:002009-01-23T13:38:01.877-08:00viagem desesperada<span style="font-family:trebuchet ms;">E o trem partirá conosco apenas,<br />para uma viagem distante.<br /><br />Da estação nossas mães nos acenarão pela última vez,<br />mesmo que fracasse nossa tentativa de saltar.<br /><br />Então, haveremos de não olhar<br />seus olhos vermelhos, seus rostos molhados,<br /><br />como que pressentindo nossa ausência<br />absoluta e definitiva.<br /><br />Estaremos como dois pássaros embriagados,<br />só nossas mãos estarão unidas<br />e isso você sabe porquê.<br /><br />Nosso silêncio se fará sentir,<br />mesmo que a vidraça do trem se arrebente<br />e caia orvalho da madeira imóvel.<br /><br />E em cada apito,<br />em cada parada em estação,<br /><br />haveremos de nos lembrar de nossa infância:<br />- uma saudade louca vai se apoderar de nós<br /><br />e gritaremos como duas crianças desesperadas,<br /><br />mesmo que o trem passe por cima de uma rosa branca,<br />mesmo que o trem atropele um cachorro louco.<br /><br />E depois, bem depois,<br /><br />nunca mais haverá parada<br /><br />e mais tarde, quem sabe<br /><br />um guarda-trem macabro nos pergunte se conhecemos Deus<br />e se estamos prontos para enfrentar a morte...</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-87226166249550136312007-10-19T15:01:00.000-07:002009-01-23T13:44:11.036-08:00a morte<span style="font-family:trebuchet ms;">minha morte está anunciada em teus olhos,<br />nestas últimas pétalas caídas<br />e, sobretudo, nesta garoa nostálgica<br />desta tarde insatisfeita.<br /><br /><br /><span style="color:#ffffff;">.................................</span> c<br /><span style="color:#ffffff;">.................................</span> a<br /><span style="color:#ffffff;">.................................</span> v<br /><span style="color:#ffffff;">.................................</span> o<br /><br /><span style="color:#ffffff;">................</span>cravo<span style="color:#ffffff;">......</span><span style="color:#ffffff;">.....</span>a <span style="color:#ffffff;">..........</span> cruz<br /><br /><span style="color:#ffffff;">.................................</span> c<br /><span style="color:#ffffff;">.................................</span> o<br /><span style="color:#ffffff;">.................................</span> v<br /><span style="color:#ffffff;">.................................</span> a<br /><br /><br />minha morte está anunciada na vidraça do tempo,<br />no tempo distante em que viverei.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-33242720607979024992007-10-12T08:30:00.000-07:002009-01-25T06:11:43.468-08:00pergunta:<span style="font-family:trebuchet ms;">MÃE,<br />por que eu<br />quando estava<br />em teu ventre<br />te pedia tanto pra nascer<br />e agora, em tua presença,<br />muitas vezes me suicido?...</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-75301341865953802512007-09-14T15:11:00.000-07:002009-01-23T13:48:58.013-08:00decomposição<span style="font-family:trebuchet ms;">não mais sei do espelho que me vê mais velho,<br />da imagem distorcida que se olha,<br />dos olhos grandes, sempre grandes, mas tristes,<br />de tudo quanto não foi possível viver.<br /><br />tempestades alheias conquistaram o sonho,<br />me anuncia o tempo, restrito e consumido.<br /><br />tem chovido muito neste lado da vida<br />e entre as nossas cabeças e o peito de pedra,<br />já se ergue o paralelepípedo do mundo:<br />- não sabíamos do suicídio dos pássaros.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-78265332204732420612007-08-30T18:08:00.000-07:002009-01-23T13:51:26.972-08:00no mundo da lua<span style="font-family:trebuchet ms;">O tempo fez do homem um escravo.<br />A máquina leva o homem à Lua.<br />A máquina submete o homem as suas exigências<br />A máquina escolhe o homem.<br />A máquina arrebenta o homem.<br />A máquina assassina o homem.<br />.........................................................<br />Como cidadão comum e vacinado,<br />da platéia contemplo o espetáculo circense<br />(o maior espetáculo circense),<br />estagnado, mudo e surdo.<br />Só os olhos vêem.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-44629256686146003802007-08-22T18:28:00.001-07:002009-01-23T13:53:00.832-08:00acalma-te<span style="font-family:trebuchet ms;">Acalma-te,<br />se alguém te acenar ao longe<br />e um lenço branco simbolizar<br />o inevitável;<br />acalma-te,<br />se tua mocidade<br />se perder no silêncio das horas,<br />se de tua alma a angústia<br />se apoderar;<br />acalma-te,<br />se de teus olhos lágrimas rolarem!</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-40723341706617228192007-08-17T16:02:00.000-07:002009-01-23T13:54:17.321-08:00quando do remorso inexistente<span style="font-family:trebuchet ms;">O remorso não abala<br />a estrutura do momento.<br />Não tive culpa de nada.<br />Estou como a criança perdida<br />no fundo de uma tumba,<br />pedindo a vida que não teve.<br /><br />As velas já foram descobertas.<br /><br />Na penumbra, acesas,<br />terrivelmente palpáveis,<br />pressinto os próximos momentos:<br />- o outro lado do estranho mundo<br />onde habitarão os pedaços do meu ser.<br />Não tive culpa de nada.<br />Estou quase no fim de minha montanha de angústias:<br />- já construí todos os cemitérios do mundo!...</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-66361008339635124592007-08-11T16:01:00.000-07:002009-01-23T13:55:41.530-08:00poema<span style="font-family:trebuchet ms;">talvez<br />ou mesmo porque<br />e apesar de tudo<br />os caminhos ostentassem<br />flores<br /><br />e em meus olhos<br />onde se via<br />um brilho de esperança<br />duas lágrimas rolaram</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-86610516919187886352007-07-27T19:28:00.000-07:002009-01-23T13:57:20.467-08:00poema nosso<span style="font-family:trebuchet ms;">guardarei para você as últimas palavras<br />e lhe apontarei as falsas testemunhas.<br />talvez eu não perceba um gesto,<br />mas a expressão estará em sua face<br />e eu serei o réu em todos os momentos.<br /><br />guardarei para você os primeiros,<br />os segundos e os últimos raios de luz<br />e todo e qualquer som que esta manhã emitir.<br /><br />talvez me ausente no momento exato<br />e perca a memória e, sobretudo, os sentidos<br />e me descubra só quando tiver despertado.<br /><br />guardarei para você meu peito em chamas,<br />o fogo que cresceu e se propagou na montanha,<br />o vento que agitou seus cabelos umedecidos,<br />a chuva que molhou seus pés ensangüentados.<br /><br />carne e osso, sou feito de ausência.<br /><br />guardarei para você as minhas mãos vazias<br />e todo um sonho adormecido.<br /><br />ainda que tudo tenha passado e seja tarde,<br />guardarei para você o último sol<br />e a primeira estrela que minhas mãos tocarem.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-69336961338551427302007-07-22T05:38:00.000-07:002009-01-23T13:58:09.019-08:00momentos<span style="font-family:trebuchet ms;">Te conheci, criança,<br />quando de minha última morte<br />na distante terra das árvores azuis.<br />Eras pálida<br />e de teu olhar – mudo depoimento –<br />assimilei o significado dos pássaros ausentes<br />e quis, neste instante<br />construir palavras que falassem aos teus sentidos.<br /><br />Eras tão pura.<br />De tua branca inocência<br />descobri manhãs virgens<br />no misterioso ventre do destino.<br /><br />Eras tão pura para ser humana!<br /><br />Te conheci, criança,<br />quando o meu sono mais profundo<br />suscitava imagens perdidas no tempo;<br />quando e, sobretudo,<br />minha mãe morria no último parto.<br /><br />E tu, criança,<br />me deste a calma do crepúsculo<br />para que eu pudesse enfrentar<br />a metamorfose angustiante<br />de renascer no espaço,<br />como uma ave branca,<br />azul que fosse,<br />de antigas eras,<br />calma e silenciosa!...</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-10597466493980520052007-07-13T14:56:00.000-07:002009-01-23T13:58:55.201-08:00elegia<span style="font-family:trebuchet ms;">Apesar de tudo,<br />tenho renascido a cada momento,<br />mas é difícil, compreenda...<br /><br />Veja, sou como aquela ave branca,<br />fatalmente marcada pela caça humana.<br /><br />Não trago comigo o desespero<br />dos bêbados mortos.<br /><br />Só a natureza talvez falasse<br />à ferida aberta ou à cicatriz maior:<br />- meu coração é a única testemunha<br />do luto que me traz o mundo.<br /><br />A morfina é uma opção sofrida.<br /><br />Nenhuma explicação, comum ou científica,<br />pode atenuar a aparição do meu delírio:<br />- hoje, sinto as dores do meu parto!...</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-84273192213002470962007-07-07T00:32:00.000-07:002009-01-23T14:00:53.821-08:00morte prematura<span style="font-family:trebuchet ms;">... e uma estrela desesperada atropelará nossos corpos<br />ante a indiferença de tantos astros.<br />Ninguém haverá de querer testemunhar nossas mortes<br />e somente os pássaros sentirão nossas perdas.<br /><br />Apesar de ensangüentadas, nossas mãos estarão unidas,<br />num depoimento amargo, mudo e sem gestos,<br />e nossa agonia será como um grito de pavor.<br /><br />A esta hora, quem sabe, passe e pare um transeunte<br />e, surpreso, possa rir seu riso sarcástico.<br /><br />Nosso sangue será disputado entre as plantas carnívoras<br />e crescerão árvores sem raízes, frutos sem sementes,<br />e de suas entranhas haveremos de colher nossas esperanças.<br /><br />Muitos olhos estarão fixos em nós e, indignados,<br />perguntarão a si mesmos o porquê de nossa partida.<br /><br />Nesse dia, o mar estará revolto e expulsará os banhistas,<br />os peixes, os navios e, sobretudo, os submarinos assassinos.<br /><br />Uma criança paralítica compreenderá a razão disso tudo<br />e procurará uma igreja para confessar sua inocência.<br /><br />Então, entenderei o motivo pelo qual foi feita a bomba atômica,<br />mas estarei distante e impassível a tanto remorso.<br /><br />Depois, nossos corpos estarão cobertos por jornais antigos<br />(é para que ninguém veja o que sempre se vê)<br />e, sobre nós, as tétricas manchetes de estúpidos heróis.<br /><br />Teremos gritado às profundezas do mundo,<br />às labaredas do fogo que incendiou nossas vidas<br />e, sobretudo, a Deus, em sua distância incomensurável.<br /><br />E agora, o momento derradeiro: nunca mais nos veremos,<br />mesmo que o sol se parta<br />e espalhe clarões em nossa tumba escura,<br />mesmo que Deus,<br />inconformado,<br />se arrependa de nos ter chamado tão cedo,<br />mesmo até que o nosso filho nasça deste último delírio.<br />..........................................................................<br />E uma ave branca sobrevoará nossos corpos decompostos.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-41719744679593838522007-06-07T06:06:00.000-07:002009-01-23T14:09:33.533-08:00poema anônimo na manhã de ontem<span style="font-family:trebuchet ms;">desconhecida minha<br />e de todas as manhãs,<br />regressarás entre os ausentes,<br />como labareda inquieta.<br /><br />arderás feito sol intenso.<br /><br />teu fogo<br />esculpirá a rosa.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-18963366965207782022007-05-28T19:21:00.000-07:002009-01-23T14:10:02.872-08:00poema anônimo na manhã de ontem II<span style="font-family:trebuchet ms;">viverás em mim<br />o tempo das despedidas,<br />dos girassóis crestados<br />pelo sol do meio-dia.<br /><br />gritarás<br />o eco das prisões vazias,<br />dos amores amontoados<br />na sala de estar.<br /><br />sobretudo,<br />amarás,<br />como eu te amei.<br /><br />chama intensa,<br />violarás a noite.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-18088727609651973842007-05-26T04:46:00.000-07:002009-01-23T14:10:23.385-08:00quase ontem<span style="font-family:trebuchet ms;">ainda outro dia<br />e nem te lembras<br />das estações de granito,<br />das manobras frias pelos quartéis<br />e dos pomares perdidos entre os quadrantes.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-84021378196203340652007-05-25T19:35:00.000-07:002009-01-23T14:10:41.161-08:00metades<span style="font-family:trebuchet ms;">metade de mim<br />espreita Johanesburgo,<br />desesperadamente,<br />nos dias de tensão e de revolta.<br /><br />outra metade<br />jaz entre as tribos extintas,<br />em meio àqueles que nunca viram<br />o sol da liberdade.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-11171642297323617632007-05-23T18:56:00.000-07:002009-01-23T14:11:00.628-08:00nódoas<span style="font-family:trebuchet ms;">nunca mais seremos os mesmos<br />entre as nódoas do tempo.<br /><br />solidões antigas<br />vão pulsar<br />no coração da noite.<br /><br />e eu cobrirei teu rosto<br />com o manto da alvorada.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-61359689382612967222007-05-18T17:27:00.000-07:002009-01-23T14:14:10.065-08:00passagem<span style="font-family:trebuchet ms;">um quarto de século recluso,<br />trancafiado no arcabouço da vida;<br />imerso entre o etéreo e a utopia.<br /><br />desesperadamente eu te sonhei<br />todos os dias<br />(no silêncio de quem nada pede),<br />na despedida das estações.<br /><br />florescem os girassóis<br /><br />o destino é moeda<br />sem reverso.<br /><br />espíritos seremos<br />na eternidade do minuto.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-91599908637032922742007-04-28T04:36:00.001-07:002009-01-23T14:14:40.414-08:00frágil<span style="font-family:trebuchet ms;">dentro em mim<br />eu te alojei<br />pelos meus poros,<br />em minhas veias partidas.<br /><br />eu te amei, sobretudo,<br />pela eternidade quieta,<br />entre os lírios<br />e as flores dos campos.<br /><br />frágil,<br />eu posso me partir<br />em mil pedaços,<br />como se parte<br />um cristal qualquer.<br /><br />guarda-me no côncavo<br />de tuas mãos<br />como se guarda<br />um grão de areia.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-30178955924269224702007-04-22T13:20:00.000-07:002009-01-23T14:15:14.867-08:00linhas do porto<span style="font-family:trebuchet ms;">aquele velho bonde do infinito<br />flutua entre linhas solitárias<br />pelos fios esparsos de outono,<br />com asas, lembranças,<br />semi-lento<br />e salta em cada porto<br />um destino<br />e brinca de orvalho ao alvorecer.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36811161.post-1321560696671702452007-04-20T13:18:00.000-07:002009-01-23T14:16:29.598-08:00geografia<span style="font-family:trebuchet ms;">vim pelo tempo<br />estreito e curto<br />em companhia dos rumos<br />no subúrbio da tarde<br />e na alegria da chuva.<br /><br />nasci<br />da geografia itinerante<br />de meus antepassados.</span>octavio roggiero netohttp://www.blogger.com/profile/16319806730128943480noreply@blogger.com0