ave matutina

teu corpo
perdido no tempo,
branco e suspenso
na terra doída.

não te conheço
a intimidade das evoluções,
mas te aprecio
e me encantas.

voas
o alegre balé das
manhãs
na cordilheira
de mistérios.

e pousas teu olhar
matutino e solitário
(acima do horizonte)
das grades de aço e agonia.