degelo

escrever teu nome com a ponta dos anos
e retirar do relógio ocioso
os ponteiros úmidos e a era partida.

não me renegues aos temporais noturnos,
ao degelo das nossas posições imprecisas
e nem me atires ao exílio das tuas sombras.

hoje meus cabelos brancos
se confundem com a névoa dos teus passos.